Comissão de Meio Ambiente da ALEMA recebe lideranças de mais de 15 comunidades rurais

quinta-feira, novembro 16, 2023

Representantes de comunidades como Igaraú, Vila Rica, Cajueiro, Vila Maranhão, Mãe Chica, Residencial Natureza, Nova República, Estiva, Rio dos Cachorros, entre outras, falaram sobre os problemas que enfrentam em suas respectivas áreas.

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão reuniu-se, na tarde desta terça-feira (14), para discutir os impactos ambientais provocados por empresas instaladas na região do Distrito Industrial de São Luís. A reunião, conduzida pelo deputado Júlio Mendonça (PCdoB), presidente da Comissão, contou com a presença de lideranças de mais de 15 comunidades rurais.

Os representantes de comunidades como Igaraú, Vila Rica, Cajueiro, Vila Maranhão, Mãe Chica, Residencial Natureza, Nova República, Estiva, Rio dos Cachorros, entre outras, falaram sobre os problemas que enfrentam em suas respectivas áreas. Eles afirmaram que vêm sofrendo com a degradação ambiental por conta das operações de empresas instaladas nas regiões onde residem.

“As comunidades rurais vivenciam sérios dilemas tanto relacionados à poluição do ar quanto dos rios. As comunidades não têm água potável. Nossos igarapés recebem óleo queimado, resíduos hospitalares, adubos e lama de áreas desmatadas. É preciso que essa questão seja vista com seriedade", disse Gercenilde Cunha, representante da comunidade Rio dos Cachorros.

Segundo Raimunda dos Santos, da comunidade Pedrinhas, a maior dor é a destruição provocada pelas empresas que, segundo ela, querem tirar os moradores de suas terras. "Nós moramos próximo a áreas onde duas empresas estão instaladas e a poluição do ar é grande. Isso é claramente perceptível devido ao forte odor. A situação é triste", disse. 

Maria do Carmo, da comunidade de Igaraú, ressaltou que os moradores sofrem devido à poluição e ao desmatamento. "Os animais estão invadindo a nossa comunidade, pois estão perdendo seu habitat natural. Os macacos, por exemplo, estão destruindo as nossas plantações, já que invadem a nossa área por não terem para onde ir", denunciou.

Segundo o deputado Júlio Mendonça, é preciso encontrar uma solução para as comunidades impactadas pelo avanço das operações industriais e pelas consequências indiretas do avanço da zona urbana.

"Nós não somos contra o progresso. Apenas precisamos colocar na prática o que nós defendemos, que é o desenvolvimento sustentável. Chamamos as comunidades para darem sua parcela de contribuição na resolução desses problemas. E faremos algumas visitas in loco. Além disso, nós aproveitaremos essas contribuições para aperfeiçoar o projeto de lei que estamos elaborando e que trata da compensação ambiental das empresas poluidoras com risco iminente de provocar danos à saúde, ao meio ambiente e à vida das pessoas", finalizou o deputado. 

Agência Assembleia