Representantes de comunidades como Igaraú, Vila Rica, Cajueiro, Vila Maranhão, Mãe Chica, Residencial Natureza, Nova República, Estiva, Rio dos Cachorros, entre outras, falaram sobre os problemas que enfrentam em suas respectivas áreas.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão reuniu-se, na tarde
desta terça-feira (14), para discutir os impactos ambientais provocados por
empresas instaladas na região do Distrito Industrial de São Luís. A
reunião, conduzida pelo deputado Júlio Mendonça (PCdoB), presidente da
Comissão, contou com a presença de lideranças de mais de 15 comunidades rurais.
Os
representantes de comunidades como Igaraú, Vila Rica, Cajueiro, Vila
Maranhão, Mãe Chica, Residencial Natureza, Nova República, Estiva, Rio dos
Cachorros, entre outras, falaram sobre os problemas que enfrentam em suas
respectivas áreas. Eles afirmaram que vêm sofrendo com a degradação
ambiental por conta das operações de empresas instaladas nas regiões onde
residem.
“As
comunidades rurais vivenciam sérios dilemas tanto relacionados
à poluição do ar quanto dos rios. As comunidades não têm água potável.
Nossos igarapés recebem óleo queimado, resíduos hospitalares, adubos
e lama de áreas desmatadas. É preciso que essa questão seja vista com
seriedade", disse Gercenilde Cunha, representante da comunidade Rio
dos Cachorros.
Segundo
Raimunda dos Santos, da comunidade Pedrinhas, a maior dor é
a destruição provocada pelas empresas que, segundo ela, querem tirar os
moradores de suas terras. "Nós moramos próximo a áreas onde duas
empresas estão instaladas e a poluição do ar é grande. Isso é claramente
perceptível devido ao forte odor. A situação é triste", disse.
Maria do
Carmo, da comunidade de Igaraú, ressaltou que os moradores sofrem
devido à poluição e ao desmatamento. "Os animais estão invadindo
a nossa comunidade, pois estão perdendo seu habitat natural. Os macacos, por
exemplo, estão destruindo as nossas plantações, já que invadem a
nossa área por não terem para onde ir", denunciou.
Segundo o
deputado Júlio Mendonça, é preciso encontrar uma solução para as comunidades
impactadas pelo avanço das operações industriais e pelas
consequências indiretas do avanço da zona urbana.
"Nós
não somos contra o progresso. Apenas precisamos colocar na prática o que nós
defendemos, que é o desenvolvimento sustentável. Chamamos as comunidades para
darem sua parcela de contribuição na resolução desses problemas. E faremos
algumas visitas in loco. Além disso, nós aproveitaremos essas
contribuições para aperfeiçoar o projeto de lei que estamos elaborando e
que trata da compensação ambiental das empresas poluidoras com risco iminente
de provocar danos à saúde, ao meio ambiente e à vida das pessoas",
finalizou o deputado.
Agência Assembleia