A
relação entre o tenente coronel Miguel Neto e a agente penitenciária Clodiany
Carvalho Garcia, nos últimos tempos, era tensa e envolta em brigas. Antes de
cometer o suicídio, ele atirou três vezes com uma pistola contra a testa, nariz
e pescoço da esposa. Ela já chegou morta ao hospital, completamente
desfigurada.
Os
pais da agente sabiam que ela estava vivendo em cárcere privado na rua
Francelina, no centro de Barreirinhas, onde o casal tinha uma casa. Mas tinham
medo de contar para a família por causa do estado violento que o oficial da PM
apresentava ultimamente. Ele estava em tratamento psiquiátrico, pois era
suspeito de ter transtorno de personalidade.
Clodiany
vivia amarrada e era espancada sem dor e nem piedade, inclusive com correntes.
Ele aumentou o som no mais alto grau para que vizinhos não ouvissem pedidos de
socorro. Mas não adiantou. Os vizinhos denunciaram o fato para a polícia cedo
da manhã de hoje.
Dois
soldados foram até ao local e tomaram a arma do tenente coronel, mas não o
levaram preso por ele ter uma patente maior. Foi bem aí o equivoco. O oficial
olhou a esposa sendo levada pelos militares numa viatura e saiu de dentro da
casa com uma sacola.
Quando
a esposa desceu o vidro lateral da viatura, no banco de detrás, ele puxou outra
pistola e atirou por três vezes. Levada ao hospital, ela não resistiu no
caminho. A movimentação no hospital é grande, mas ninguém pode se aproximar do
corpo.