Fidel Castro foi um dos
personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto:
Adalberto Roque/AFP)
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O ex-presidente de Cuba, Fidel
Castro, morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado (26), aos 90 anos, na
capital Havana. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em pronunciamento na TV estatal
cubana.
"Com profunda dor compareço para informar ao nosso
povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016,
às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz",
disse Raúl Castro.
"Em cumprimento da vontade expressa do companheiro
Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas" deste sábado,
prosseguiu o irmão.
As cinzas serão enterradas em 4 de dezembro, na cidade de
Santiago de Cuba, após percorrerem o país numa caravana de 4 dias. Cuba
declarou 9 dias de luto oficial pela morte de Fidel Castro.
Figura controversa
Visto como um grande líder revolucionário por uns, e como ditador implacável por outros, Fidel foi saindo de cena progressivamente ao longo da última década, morando em lugar não divulgado e fazendo aparições esporádicas nos últimos anos.
Visto como um grande líder revolucionário por uns, e como ditador implacável por outros, Fidel foi saindo de cena progressivamente ao longo da última década, morando em lugar não divulgado e fazendo aparições esporádicas nos últimos anos.
As últimas imagens de Fidel
Castro são do dia 15, quando recebeu em sua
residência o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Antes, ele foi visto em um
ato público foi no dia 13 de agosto, na comemoração de seu 90º aniversário. A
festa reuniu mais de 100 mil pessoas. Na época, Fidel apresentou um semblante
frágil, vestido com um moletom branco e acompanhado pelo seu irmão Raúl e o
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Despedida
Em abril, durante o XVII Congresso do Partido Comunista de Cuba, Fidel reapareceu e fez um discurso que soou como uma despedida, onde reafirmou a força das ideias dos comunistas.
"A hora de todo mundo vai chegar, mas ficarão as ideias dos comunistas cubanos, como prova de que neste planeta se trabalha com fervor e dignidade, é possível produzir os bens materiais e culturais que os seres humanos necessitam, e devemos lutar sem descanso para isso", afirmou Fidel Castro na ocasião.
Desde que ficou doente, em julho de 2006, e cedeu o poder ao seu irmão Raúl Castro, o líder cubano se dedicou a escrever artigos, assim como livros sobre sua luta na Sierra Maestra e a receber personalidades internacionais em sua residência, no oeste de Havana.
Em abril, durante o XVII Congresso do Partido Comunista de Cuba, Fidel reapareceu e fez um discurso que soou como uma despedida, onde reafirmou a força das ideias dos comunistas.
"A hora de todo mundo vai chegar, mas ficarão as ideias dos comunistas cubanos, como prova de que neste planeta se trabalha com fervor e dignidade, é possível produzir os bens materiais e culturais que os seres humanos necessitam, e devemos lutar sem descanso para isso", afirmou Fidel Castro na ocasião.
Desde que ficou doente, em julho de 2006, e cedeu o poder ao seu irmão Raúl Castro, o líder cubano se dedicou a escrever artigos, assim como livros sobre sua luta na Sierra Maestra e a receber personalidades internacionais em sua residência, no oeste de Havana.
Doença e saída do poder
Na noite de 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu Cuba e o mundo com o anúncio de que cedia o poder ao irmão Raúl, em caráter provisório, depois de sofrer hemorragias. Foi a primeira vez que saiu do poder.
Na noite de 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu Cuba e o mundo com o anúncio de que cedia o poder ao irmão Raúl, em caráter provisório, depois de sofrer hemorragias. Foi a primeira vez que saiu do poder.
Sem revelar qual doença o afetava, Fidel admitiu que esteve
à beira da morte. Perdeu quase 20 quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou
por várias cirurgias e dependeu por muitos meses de cateteres.
Em dezembro de 2007, o comandante cubano já havia expressado
em uma mensagem escrita que não estava aferrado ao poder, nem obstruiria a
passagem das novas gerações, mas em janeiro foi eleito deputado e ficou
tecnicamente habilitado para uma reeleição – o que não ocorreu.
Desde março de 2007, já afastado do cenário público, sendo
visto apenas em vídeos e fotos, Fidel Castro se dedicava a escrever artigos
para a imprensa sob o título de "Reflexões do Comandante-em-Chefe".
Fidel deixou o poder definitivamente em fevereiro de 2008.
Em um texto publicado no jornal estatal “Granma”, ele anunciou sua renúncia.
Fonte: G1