Contador da Prefeitura Entrega Prestação de Contas a Terceiro e Vereadores Criticam Desrespeito

terça-feira, abril 29, 2014

Blog do Alexandre Cunha/por: Alexandre Pinheiro

A novela da entrega da prestação de contas pelo assessor contábil da prefeitura, Diankarlo, ao cidadão Amaro Manoel, continua dando o que falar. Após a prefeitura confirmar haver entregue a prestação de contas a pessoa que sequer é funcionário da Câmara, o assunto voltou a ser tratado no legislativo quando, em maioria, os vereadores criticaram a postura do executivo. Manin Lopes / PT, Nonato Baleco / PDT e Marcelo Menezes / PRP foram alguns dos parlamentares que reclamaram durante a sessão desta segunda-feira. Mas a vereadora Márcia Gomes / PR surpreendeu ao taxar o ato da prefeitura de leviano e desrespeitoso ao poder legislativo.
Nonato Baleco
Atrapalhada
Em sua fala o presidente Nonato Baleco tratou da entrega da prestação de contas como atrapalhada. “Fiquei muito triste em ver a gestora agir com atrapalhada. Porque o que fizeram aqui foi uma atrapalhada. A prefeitura chega aqui, na porta dessa Câmara, às 17 horas do dia 15 de abril, e aqui todo mundo sabe que aqui na porta tem um “Senadinho” (grupo de populares que se reúne para conversar sobre política) e naquele local encontram o senhor Amaro Manoel, um senhor que já prestou serviços eventuais e reparos aqui, e entregam um CD com a prestação de contas, um documento de tamanha importância na mão do seu Amaro, que só recebeu o documento porque só estava ele presente no Senadinho aquele dia”, Ironizou Baleco.
Baleco ressaltou que a câmara tem todo interesse “em receber a prestação de contas porque foram mais de 100 milhões de reais que entraram em Chapadinha e os vereadores, assim como o povo, precisam saber pra onde foi tanto dinheiro e temos que ter equipe da prefeitura juntamente com a assessoria da câmara no ato de entrega”, finalizou, garantindo que pretende usar todos os meios legais para ter acesso às prestações de contas e disponibiliza-las à população.
Vereador Marcelo Menezes 
“Era Melhor Ter Entregado ao Chico Lira”, Diz Marcelo
O vereador Marcelo Menezes também resolveu ironizar a entrega da prestação de contas. “A prestação de contas foi entrega aqui pro Amaro? Pois era melhor ter entregado para o Chico Lira que tá todo dia aqui e pode ser “melhor” confundido com um funcionário da Casa” zombou Marcelo, insistindo que documentos entre poderes devem ser devidamente protocolados e recebidos por funcionários aptos.
Ato Leviano e Desrespeitoso
Em aparte ao discurso de Marcelo e vereadora Márcia Gomes – que é ex-presidente da Câmara – também considerou absurdo e grosseiro o tratamento ao legislativo no episódio. “Eu tenho lido essa história da prestação de contas que o Amaro recebeu, agora eu tenho certeza que uma pessoa como gestora de um município deste, uma pessoa que tem representado um município em desenvolvimento, com certeza é uma pessoa que tem sabedoria. E mais uma vez eu digo que o erro está dentro das pessoas que estão assessorando a administração da prefeita. Porque uma pessoa na sua sã consciência e que já mostrou que tem competência e trabalho, não pode em espécie alguma usar de maneira grosseria. Porque foi grosseiro isso ai”, declarou a parlamentar.
Márcia lembrou ainda que para ser considerada entregue a prestação de contas, a prefeitura deve ter uma certidão da câmara municipal. “Agora escutar estória de contador e de funcionário eu particularmente não escutaria, botaria a conta debaixo do braço e vinha eu mesma na câmara entregar, porque para prestação de contas você tem que entregar e receber até uma certidão. Então eu acredito que o que passaram para prefeita (Belezinha), passaram de forma leviana demais, porque a entrega foi grosseira demais. Eu gostaria que a prefeita estivesse escutando e resolvesse o problema que tem que resolvido porque foi desrespeito mesmo”, finalizou a vereadora que faz parte da base aliada do governo municipal.

Antes de encerrar a sessão o presidente Baleco informou que caso a prestação de contas não seja entregue na forma devida, vai impetrar uma ação para obrigar o executivo a cumprir o que determina a lei.