O aniversário de Chapadinha passou. Não queremos
levantar polêmica nem humilhar ninguém. Mas temos que ser sinceros e não deixar
que nos metam os dedos pelos olhos dentro. Foi mal festejado. Melhor: não foi
festejado! Quiseram até usurpar-lhe a importância.
Houve despertar festivo, público içar da bandeira,
pronunciamentos entusiastas, efusivas declarações de amor, sessão solene, bolo
de aniversário, pastora bem paga e vinda de longe a evangelizar crentes de
igrejas protestantes e com a isca de prêmios para atrair e... foguetes a
embelezar.
Mas faltou o mais importante e desejado: benefícios
públicos a inaugurar, administração municipal a elogiar e entusiasmo popular a
participar. Tudo isso faltou.
Como filho único, o poço artesiano mostrou pouca
energia administrativa. E prédios alugados não podem ser inaugurados. Nem
reinaugurados. Poderia ter-se dito que se iriam visitar novas instalações de
algumas luxuosas secretarias. Isso, sim. Por curiosidade pela vaidade
exibicionista, alguns poderiam ter querido ir ver.
O que se passou foi uma maneira prática de
envergonhar o Município e de dizer que quase nada se fez. E para quê tanta
fidalguia vaidosa e desnecessária em alugar o que de melhor tem a cidade?
E estradas feitas com “recursos próprios” de quem:
das verbas que vêm para a Prefeitura ou de Projetos para os
Assentamentos?
A promoção individual e da pastora duma única
igreja protestante seria caso de processo contra discriminação religiosa, se
Ministério Público aqui atuasse. E se admitem que Deus é um só, porquê não
respeitar a diversidade das janelas para O conhecer? Por que tem que ser só
visto da janela da própria igreja?
Numa palavra: foi o pior aniversário que Chapadinha
conheceu. Valeu, em excesso, para comprovar que o programa foi feito por pessoa
caprichosa, teimosa, prepotente e imatura. Sem educação social. Deu para
envergonhar-nos.
Não deu para fazer memória do passado nem para
comemorar um presente digno. Tudo foi pobre, triste e indigno dum grande
Município que queremos prestigiado e desenvolvido.
Não vale achincalhar assim! E com uma agravante:
foi o primeiro ano que máquinas pesadas, oferecidas pelo Governo, estiveram no
parque municipal a dar possibilidades de grandes melhoramentos. Alguns foram
feitos. Mas muito longe do esperado e do possível. E, não esqueçam: falta
dar explicação das escandalosas licitações que foram tiradas do Boletim Oficial
do Governo. Não de outros blogs.
Mas a efeméride deu sim para mostrar pretensões de
promoção pessoal, individualismo eivado de pretenciosismo indevido, de
descarado e discriminado proselitismo religioso inconstitucional, mostrando
falta de liderança e sentido social.
O “vaidosismo” dos aluguéis é mais exibicionista
que utilitário. Será que vão reinaugurar essas instalações se for mudada alguma
cadeira ou mesa durante o ano? E a zoada no ginásio do Campo Velho foi tão
grande que houve quem lá corresse pensando ser inauguração do prédio. Mas
não.
Era apenas a sétima vez que estavam a
enganar o povo e a fazer propaganda política com os escombros do maior elefante
branco que se conhece na região. Desculpem, mas assim não! O aniversário é do
Município, não de algum munícipe por mais importante que pense ser.
Se não têm nada para mostrar, aproveitem a ocasião
para prestar contas e explicar licitações (tiradas do Boletim Oficial do
Governo e não de qualquer blog) e que ainda precisam de explicação.
Vaidade e teimosia a mais para tão pouco trabalho!
Lição bem aprendida de incompetentes administrações anteriores e ainda com
requintes de más intenções. Por isso, a Paróquia promoveu, com Matriz cheia,
uma solene celebração para que a Senhora das Dores nos ajude a acabar com tanta
incompetência e engano. Desculpem a sinceridade, mas é preciso arranjar grupo
de trabalho e assessores capazes!
(Do Blog da Paróquia)