Vídeo mostra o ataque selvagem que matou a menina Ana Clara

quarta-feira, janeiro 08, 2014
ATENÇÃO, AS CENAS A SEGUIR SÃO EXTREMAMENTE FORTES 



Leslie Leitão, de São Luís (Veja)
As câmeras de segurança do ônibus atacado e incendiado na última sexta-feira por bandidos em São Luís do Maranhão gravaram a morte da menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos. Ela entrou no carro com a mãe, Juliane, de 22 anos, e a irmã, Lorane, de 1, às 20h07.
No minuto seguinte, um bandido conhecido como “Porca Preta” entra com uma pistola na mão e rende o motorista. As imagens da câmera não mostram, mas, do lado de fora, seis comparsas – sendo três menores de idade – cercam o veículo. Em seguida, um outro menor despeja gasolina e ateia fogo ao carro. Em pânico, os passageiros começam a correr para fora.
Quando chega a vez de Juliane e suas filhas, as chamas tomam conta da saída. As três são atingidas. A mãe e a filha menor correm para dentro do ônibus. Ana Clara fica na escada, no meio do fogo. Uma passageira pula por cima dela e consegue escapar. Quando a menina sai do ônibus, está com o corpo em chamas. Por alguns segundos, perambula atônita pela rua.
Ela morreu dois dias depois, com 95% do corpo queimado na UTI pediátrica do Hospital Estadual Juvêncio Matos. A mãe e a irmã continuam internadas em estado grave.
fogo (2)A polícia já sabe que a ordem para os ataques perpetrados em São Luís nos últimos dias, incluindo o que matou Ana Clara, partiu de um detento do presídio de Pedrinhas, Jorge Henrique Amorim Martins, o “Dragão” — um dos líderes da facção criminosa Bonde dos 40, que disputa com o Primeiro Comando do Maranhão o domínio sobre os presídios e a venda de drogas nos Estado.
A ordem inicial de Dragão, dada às 17h da sexta-feira, era para promover quarenta ataques na cidade, não apenas contra ônibus, mas também contra contêineres que abrigavam postos de atendimento da PM. Seria uma represália à entrada da PM em Pedrinhas naquele mesmo dia. Na ação, os PMs quebraram ventiladores, misturaram água sanitária em sacos de arroz que os presos haviam guardado dentro das celas e puseram sabão em pó no café.
Os criminosos só não levaram o plano adiante porque a Polícia Civil, que interceptava as conversas dos detentos com autorização judicial, conseguiu passar a informação para a PM, que aumentou o patrulhamento e retirou seus contêineres das ruas. Os principais comparsas de Dragão do lado de fora da penitenciária, entre eles Porca Preta, foram presos ao longo do final de semana.
Extraído do Blog do Joh Cutrim