Quando se pega numa tarefa, com garra e decisão, costuma-se dizer: “ou vai ou racha!”. Mas como, ordinariamente, não vai, racha! E, no caso da política de Chapadinha, foi o que aconteceu. Não foi e rachou.

O racha já se via há muito tempo, mas, por conveniência, os grupos continuavam grudados sem confiança, com prejuízo para o Município. Cada um para seu lado, sem nexo! Era uma coisa escandalosa, mais que evidente a olho nu.
Uma sub-Prefeitura dentro da Prefeitura, uma administração com dois comandos. As melhores Secretarias Municipais, as que manejam mais verbas e têm mais influência, foram entregues nas mãos de quem precisava de adquirir votos no futuro, de quem não tem escrúpulos, de quem, no passado, deu já demonstrações de incompetência administrativa e não se sabe manter nos limites de sua capacidade.
E não só! Quantos empregos chorudos numa só família: Vereador, Vice-Prefeita, Secretário de Saúde, Secretária especial em Brasília, etc. Tudo isto era demasiado para grupo que tinha líder com mandato cassado. Tudo isto era evidente!
E a máquina pública parou para servir essas pretensões de exibicionismo autoritário. Agora acordaram, mas já foi tarde! Que ninguém se tente desculpar! Mas antes tarde que nunca! Agora estamos todos a olhar para o que vai acontecer.
Não há alternativa. “Ou vai ou racha!” Mas como já rachou agora tem que ir mesmo! Que ninguém seja tão ingénuo que pense que um ano sem nada fazer tem desculpa.
E quantas tentativas para enganar o público com prestação de contas fictícias, com a inchação incompreensível do quadro de emprego... E com consentimento, pelo menos tácito, de quem tinha poder. Não tem desculpa!
Assumam! Têm que assumir! Todo mundo sabia, no princípio, quem eram as pessoas ou grupo com quem se estava a fazer coligação, com quem se teria que trabalhar, qual era sua maneira de atuar, como foi seu passado, etc, etc. Basta de brincadeira!
Quem sobe numa escada tem que analisar o seu estado de conservação. Quem compra um carro tem que verificar a situação em que ele se encontra. Quem faz coligações, tem que saber com quem as faz. Quem ousa gozar da influência, assuma também a consequência.
E o passado era fácil de analisar. Só não o previa quem era ingénuo. Agora não há desculpas, mas que se saiba que não basta rachar.
É preciso formar grupo de trabalho, criar projeto de realizações e prioridades, agregar cabeças pensantes, aproximar-se da população, preencher bem certas secretarias que estão inativas, preencher o blog da transparência para que se saiba para onde está indo o dinheiro, pagar vencimentos em dia, mostrar efetivo e competente interesse público e menos ganância empresarial.
E que ninguém se arme, sozinho, em salvador do Município!
(Do Blog da paróquia de Chapadinha)