A jovem de 25 anos que teria sido espancada, estuprada e abortado o bebê
de seis meses em um matagal na região de Raposa, na segunda-feira (19/8),
confessou, em depoimento, que não estava grávida. No entanto, ela mantém a
versão de que foi violentada por três homens.
A informação foi repassada pela Superintendente da Polícia Civil da
Capital Katherine Chaves, na tarde desta quinta-feira (22/8), em uma coletiva
na Secretaria de Segurança Pública.
“Depois de muitas horas de conversas e aplicando técnicas de
investigação, com a ajuda de uma psicóloga a moça confessou que não havia bebê
e nunca houve. Ela teria criado a história”, afirmou a delegada.
A família da jovem também não tinha conhecimento da falsa gravidez. Nem
para o marido ela teria contado, com medo de que ele ficasse frustrado com a
revelação, já que queria muito ser pai.
Resta, ainda, saber os motivos pelo qual ela inventou a história. A
delegada acredita que ela possa estar passando por algum problema psicológico,
que só poderá ser confirmado pelos médicos e profissionais que acompanham o
caso.
A delegada também não descarta a possibilidade do estupro, já que a
vítima segue afirmando que foi violentada. Mas ela não quer realizar o corpo de
delito, exame fundamental para esclarecer o caso. Mais cedo, inclusive, a jovem
teria apontado um possível suspeito para o crime, mas ele só pode ser preso
após o resultado do exame.
A partir de agora a investigação também vai atrás da história da falsa
gravidez. Para saber realmente a verdade por trás do caso. Para isso serão
ouvidos médicos e analisados exames. Se for comprovado que toda a história não
passou de uma mentira, a mulher pode passar de vítima para autora de um crime,
já que ela deu falso testemunho, mobilizou forças policiais e causou comoção na
sociedade.
“Vamos continuar investigando. Não estamos descartando a possibilidade
do estupro ter acontecido. O inquérito foi instaurado para apurar a situação e
ela vai ser ouvida nesta sexta para sabermos os detalhes do crime sexual”,
finaliza Katherine
O
caso
Na madrugada de segunda-feira a jovem grávida de seis meses teria saído em um veículo para buscar o esposo em uma parada de ônibus nas proximidades de sua casa,
na localidade conhecida como Itapeuá-Cumbique, na Raposa. No caminho ela foi interceptada pelos bandidos e levada para um matagal.
Na madrugada de segunda-feira a jovem grávida de seis meses teria saído em um veículo para buscar o esposo em uma parada de ônibus nas proximidades de sua casa,
na localidade conhecida como Itapeuá-Cumbique, na Raposa. No caminho ela foi interceptada pelos bandidos e levada para um matagal.
No local ela foi espancada e violentada por três homens. Ela conseguiu
fugir dos criminosos e deu a luz à criança. Ela ainda tentou aquecer o bebê
enrolando-o em uma roupa, só que não teria mais escutado o choro e pensou que a
criança tinha morrido, com isso o abandonou e buscou ajuda.
Durante a terça e quarta-feira equipes do Corpo de Bombeiros, policiais,
e moradores da região procuraram a criança, mas não o encontraram.
Saiba mais…
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